Filhos atletas
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Talve, você que esteja chegando por aqui agora, não esteja entendendo nada, mas já fui atleta de alto rendimento e o destino se encarregou de me apresentar a fotografia de família, mas como boa ex atleta que sou, não aprendi a fazer nada pela metade.
Dentro os inifitos mergulhos dentro da minha própria mente, decidi mergulhar também, nesse vasto mundo da parentalidade, conceito de família, maternidade e todo esse universo, que é responsável pela construção dos pequenos que poavarão o mundo.
Além disso, quero aproveitar essa oportunidade, para ter um diálogo aberto entre você (cara leitora) e eu, uma fotógrafa e escritora, que ama contar histórias.
Então bora lá, conhecer mais sobre essa pessoa que vos fala!
Meus pais se conheceram no Karate, se apaixonaram e em pouco tempo de namoro, lá estava eu. Anos mais tarde, comecei a praticar karate, sem fazer ideia da longa jornada que vinha pela frente.
Aos 9 anos, participei da minha primeira competição, onde perdi na primeira luta e aos 10, participei da segunda competição, ficando em primeiro lugar e para minha frustração, ganhei sem lutar, afinal, não tinha ninguém na minha categoria, para quem curte esporte, o famoso ganhei de W.O.
Posso dizer que essa foi minha primeira grande frustração e base para uma personalidade de alguém insegura e que duvidava constantemente da própria capacidade.
Em um momento de destempero familiar, cheguei a ouvir que só havia vencido esse campeonato porque não tinha ninguém nela, mas como entendi há poucos anos, a raiva também tem sua virtude e mesmo em meio a voz que dizia que eu não era capaz, a competição seguinte foi o Estadual, onde além de vencer (lutando rs), me classifiquei para o campeonato brasileiro.
Dalí em diante, venci e perdi inúmeras competições e foi em 2015 que decidi parar de competir, para focar na minha saúde mental.
O esporte de alto rendimento, sem duvida alguma me trouxe incontáveis memórias, histórias e aprendizados, mas foi necessário me afastar da ilha, para que eu pudesse vê-la.
Hoje, as lembranças amargas, já tem um gosto agridoce, são elas que me lembram de quem sou, de onde vim e para onde quero ir.
E através da fotografia, tenho a felicidade de conhecer pessoas de diversos lugares do Brasil e do mundo, cada uma com suas particularidades, assim como foi no Karate.
Te convido me acompanhar por aqui, esse será um espaço para compartilhar sentimentos e os conselhos que nunca recebi.
Seja você mãe ou filha de alguém, tenho certeza que aqui, poderemos nos abraçar e apreciar os amores e desabores da vida, de um jeito leve e acolhedor, a caminho da cura.